sábado, 5 de setembro de 2009

"Meu tempo é quando"


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Quando eu for novamente jovem, pensarei menos no trabalho, e mais nos prazeres. Quando eu não tiver que me preocupar com problemas, dinheiro, filhos, carros e sabe-se lá o quê mais, tratarei de gastar, ou melhor, aproveitar meu valioso tempo com quem (ou o que) eu realmente quero. Quando eu não tiver que pensar em pecados, vícios e nas diversas coisas que me disseram que eu poderia ou não fazer, não mais terei certos problemas, receios e pudores em ser realmente eu. O problema é que quando eu for novamente jovem, ainda que no espírito, decerto não terei mais ânimo para me levantar da cadeira que estará na varanda, colocar de lado os livros que me proporcionaram a tão esperada juventude, e dominar o mundo como uma bola de futebol. “Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida”.

“Cuidado, companheiro!
A vida é pra valer
E não se engane não, tem uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado embaixo: Deus
E com firma reconhecida!
A vida não é brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba”[1]
Nairo J. B. Lopes


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[1]Samba da Benção, Vinícius de Moraes/Baden Powell. © Tonga Editora Musical LTDA / Direto; in "Vinicius & Odette Lara", in "Vinicius: poesia e canção - ao vivo - vol. 1"; in "Vinicius"; in "Vinicius + Bethania + Toquinho"; in "Songbook – Volume 1"; in "Vinicius".

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